quarta-feira, fevereiro 01, 2006

LEMBRAM-SE DAS ÁREAS METROPOLITANAS?

Em 2003 escrevi um artigo intitulado “Àreas Metropolitanas como oportunidade de descentralização”. Muito tempo passou. Muito pouco se fez. Mergulhámos desde então num período de eleições em catadupa, adiando esta oportunidade de descentralização.

Há muito que temos a noção que precisamos de viver num Portugal descentralizado.

Criou-se então, e a meu ver bem, reafirmo, uma nova organização dos municípios por áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais.

O País encontra-se numa situação económico – financeira em que cada vez mais é necessário que exista uma melhor articulação dos investimentos municipais de interesse supramunicipal, e uma melhor coordenação na actuação entre os municípios e a respectiva administração central. Torna-se por isso fundamental que encontremos uma solução para este afastamento entre a administração central e os municípios, nunca optando por algo que venha a substituir uns ou outros.

Se queremos um Portugal moderno e competitivo, temos seguramente, que implementar uma dinâmica de desenvolvimento, assente em novos caminhos.

Explorar melhor os seus recursos numa perspectiva de procurar sempre defender um maior poder reivindicativo, uma mais adequada reorganização territorial e melhor distribuição dos recursos financeiros provenientes do Estado, deve ser um dos novos caminhos.

Todos nós devemos ambicionar viver numa região desenvolvida, forte, mas em que este desenvolvimento seja feito de forma sustentada e articulada. Uma região com um projecto comum que se paute por proporcionar uma boa qualidade de vida a todos os que nela habitam sendo certo que assim estaremos a contribuir globalmente para um País melhor.

Tendo sido o PIDDAC para este ano uma desilusão, e como todos já começámos a perceber, após a euforia de vãs promessas eleitorais, continuaremos com os mesmos problemas de acessibilidades, mais premente se torna relançar esta questão, não podendo Águeda esperar pelos outros, tem ela própria de preparar o seu futuro.

A história não costuma dar uma segunda oportunidade. Neste processo está a dar-nos. Aproveitemo-la. Sem medo e sem receios.

Carlos Franco


Sem comentários: