segunda-feira, setembro 10, 2007

Teoria da Relatividade relativa à Política II


Relatividade: s. f. qualidade ou estado do que é relativo; contingência; condicionalidade; Fís., teoria da -: cada uma das duas teorias desenvolvidas por Albert Einstein (1879-1955), a teoria da relatividade restrita e a teoria da relatividade geral que, baseadas em novas concepções dos conceitos de tempo, espaço e movimento, conduziram ao estabelecimento de um modelo do universo alternativo ao modelo de Newton.

Deste modo, relatividade poderá significar a qualidade ou estado do que é relativo, com uns laivos de contingência e de condicionalidade. Na prática, deparamo-nos com alguns conceitos pouco amáveis, uma vez que ninguém gosta de ser condicionado ou limitado. Ficamos ainda a saber, que essa “madrasta” palavra nos pode avaliar no que diz respeito à qualidade ou ao estado. Como arte de dirigir relações, (relações entre poderes e indivíduos), o exercício da política é fértil em contingências e condicionalismos.

Segundo o modelo físico, desenvolvido por Albert Einstein a relatividade resulta de uma nova concepção de espaço, tempo e movimento que conduziu a um novo modelo de universo, alternativo ao de Newton!!! Politicamente pensando, é lógico intuir que todos nós temos um diferente conceito de espaço, tempo e movimento, correndo assim o risco de criar universos alternativos.

Imaginemos então, 20 universos alternativos, com noções diferentes, muitas vezes incompatíveis no que diz respeito ao tempo e ao movimento; até porque o mesmo espaço não pode ser ocupado em simultâneo por vários objectos. Todavia, podem coincidir nos movimentos, ora ascendentes ora descendentes, consoante a avaliação do estado das coisas!

Será fácil de perceber, que em alguns desses universos existe algo que poderá baralhar um pouco a cabeça destes grandes físicos, o conceito de omnipresença. É realmente um conceito que fisicamente ainda não está explicado, mas que parece fazer cada vez mais sentido. Ora, exercer política nestas condições não será propriamente fácil, já que perceber diversos universos e conjugá-los com a omnipresença pode ser uma tarefa digna de Hércules.

É importante existir este balanço de condicionantes e contingências no exercício da política, já que assume um papel de equilíbrio neste jogo. No entanto, é veemente de entender que todos os universos individuais criados são suplantados pelo universo do ideal, querendo com isto dizer que nos deveríamos deixar sempre condicionar por valores morais e de acção que nos tornem distintos em relação àqueles que permitem que a contingência seja imposta por vontades individuais.

É fundamental que nos deixemos “todos” relativizar em função de Águeda.

Marco Abrantes