segunda-feira, fevereiro 27, 2006

ÁGUEDA NA VANGUARDA

A transformação de Águeda num Concelho na vanguarda da tecnologia, será sem dúvida alguma um dos desafios mais importantes que enfrentaremos. Se não queremos parar no tempo, se queremos evoluir tecnologicamente, temos como se costuma dizer, investir em tecnologia.

A proximidade à Universidade de Aveiro, a existência da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, a adesão a diversos protocolos que se verificaram nos últimos anos, são esforços importantes mas não suficientes. É preciso ir muito mais além. E mais uma vez, de forma integrada, envolvendo todos. Desde as Escolas às Associações, da Autarquia a todos os Munícipes.

Torna-se por isso fundamental a promoção, por parte da Câmara Municipal, de um Espaço Internet. Mas que este espaço não passe apenas por uma sala fechada com uma dúzia de computadores possuindo poucos programas e acesso gratuito à Internet. Que este seja aberto a todos, dinâmico e inovador. Aberto para que todos o possam utilizar no horário o mais alargado e flexível possível, inovador possuindo bons equipamentos mesmo ao nível da multimedia, e dinâmico ao possibilitar acções de formação, jogos em rede, entre outras actividades que sejam possíveis de realizar, potenciando ao máximo este espaço.

Defendo também uma reformulação completa do site da Câmara Municipal e a implementação de um Portal. O primeiro com mais informação, melhor interactividade, e que permita ao Munícipe aceder a diversos serviços, reduzindo tempos de atendimento e desburocratizando-os o mais possível, contribuindo desta forma para aumentar a qualidade. O segundo como ligação a todas as colectividades do Concelho, aproximando-as, ajudando também a promover Águeda no Mundo.

E no mundo globalizado em que vivemos, cada vez mais a Internet surge como uma ferramenta essencial de ligação, de conexão. O seu fácil e livre acesso ganhou por isso uma importância vital.

A criação de hotspots wi-fi em zonas de lazer, de comércio e restauração, permitindo a que qualquer pessoa possa aceder à Internet, é abrir possíveis caminhos, e valorizar esta ferramenta.

Por outro lado, porque não desenvolver em pontos estratégicos do Concelho, quiosques multimédia, onde seja possível aceder a informação importante em rede ? Desde informações úteis como oferta hoteleira, localização de museus, mapas, entre tantas outras.

Tecnologia significa então qualidade de vida, acesso a informação, facilidade de comunicação, se todos tomarmos consciência disto, certamente vencermos o desafio de colocar Águeda na vanguarda da tecnologia.

Carlos Franco

Águeda, 21 de Fevereiro de 2006

domingo, fevereiro 19, 2006

POLÍTICA ( S ) DE JUVENTUDE ?


O tempo não pára. Por isso mesmo começo a ficar algo preocupado. Quero acreditar que não devo recear, mas confesso que é com alguma preocupação que vou observando que as oportunidades que deveriam surgir aos jovens aguedenses hoje...começam a ser adiadas para amanhã.

Sempre lutei para que as questões da juventude não passassem ao lado da discussão sobre o futuro que queremos para o nosso Concelho.

Não acredito em medidas isoladas nem milagrosas, mas acredito sim em políticas integradas de juventude.

Não existe uma só política de juventude. Devemos falar sim em políticas de juventude. É exactamente aqui que temos de mudar. Perceber que devem ser várias, transversais, abrangentes, inovadoras. Mas para isso precisamos muito antes, de ouvir os jovens, perceber qual a sua visão sobre o seu próprio futuro.

Começar por ouvir as associações, aproveitando a sua força, não esquecendo nunca que são os jovens que dinamizam muitas delas.

Apoiar e estimular as Juntas de Freguesias a promoverem actividades orientadas para a juventude, através de parcerias, protocolos, eventos promovidos pelas própria Autarquia, deve ser uma prioridade. E aqui a Autarquia tem ainda a responsabilidade de dinamizar as infraestruturas que tem como o Fórum Municipal de Juventude, o Estádio Municipal, as Piscinas, o Centro de Canoagem, entre outras.

Que se tragam a Águeda jovens de sucesso, do desporto à cultura, da educação ao ambiente, para partilharem connosco as suas ideias, que se promovam campanhas de sensibilização, que se perceba que a principal preocupação de qualquer jovem é conseguir o primeiro emprego, a segunda entrar no ensino superior e a terceira concluir estudos.

Que se estimule como disse recentemente, o voluntariado. Que se aposte na intervenção política como intervenção cívica.

Por outro lado, a muita distância da realização das tradicionais actividades de verão, começa também a ser tempo de perceber que estas actividades fazem mais sentido realizadas durante todo o ano de forma descentralizada, envolvendo todas as freguesias, do centro à periferia do Concelho.

Reconheço que muito há a fazer, que o desafio é grande, mas a motivação deve ser ainda maior. Não percamos mais tempo.

Carlos Franco

07 de Fevereiro de 2006

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

LEMBRAM-SE DAS ÁREAS METROPOLITANAS?

Em 2003 escrevi um artigo intitulado “Àreas Metropolitanas como oportunidade de descentralização”. Muito tempo passou. Muito pouco se fez. Mergulhámos desde então num período de eleições em catadupa, adiando esta oportunidade de descentralização.

Há muito que temos a noção que precisamos de viver num Portugal descentralizado.

Criou-se então, e a meu ver bem, reafirmo, uma nova organização dos municípios por áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais.

O País encontra-se numa situação económico – financeira em que cada vez mais é necessário que exista uma melhor articulação dos investimentos municipais de interesse supramunicipal, e uma melhor coordenação na actuação entre os municípios e a respectiva administração central. Torna-se por isso fundamental que encontremos uma solução para este afastamento entre a administração central e os municípios, nunca optando por algo que venha a substituir uns ou outros.

Se queremos um Portugal moderno e competitivo, temos seguramente, que implementar uma dinâmica de desenvolvimento, assente em novos caminhos.

Explorar melhor os seus recursos numa perspectiva de procurar sempre defender um maior poder reivindicativo, uma mais adequada reorganização territorial e melhor distribuição dos recursos financeiros provenientes do Estado, deve ser um dos novos caminhos.

Todos nós devemos ambicionar viver numa região desenvolvida, forte, mas em que este desenvolvimento seja feito de forma sustentada e articulada. Uma região com um projecto comum que se paute por proporcionar uma boa qualidade de vida a todos os que nela habitam sendo certo que assim estaremos a contribuir globalmente para um País melhor.

Tendo sido o PIDDAC para este ano uma desilusão, e como todos já começámos a perceber, após a euforia de vãs promessas eleitorais, continuaremos com os mesmos problemas de acessibilidades, mais premente se torna relançar esta questão, não podendo Águeda esperar pelos outros, tem ela própria de preparar o seu futuro.

A história não costuma dar uma segunda oportunidade. Neste processo está a dar-nos. Aproveitemo-la. Sem medo e sem receios.

Carlos Franco