domingo, janeiro 30, 2011

Carta Aberta da JSD Águeda

Os tempos vão difíceis!

O país está de tanga!

Salve-se quem puder!

É neste cenário de crise e desespero generalizado, no qual desde há muito tempo se encontra mergulhado Portugal, que aqui e ali, vão surgindo iniciativas briosas, acções de grande mérito e valor, bem como se distinguido homens e mulheres, que de forma séria e abnegada, se têm vindo a dedicar a uma causa: o VOLUNTARIADO.
O trabalho e a ajuda, em prol do outro, sem nada em troca, nada pedirem ou receberem.
O velho e tradicional lema rotário, “ dar de si, antes de pensar em si”.
Assim chegamos ou âmago e essência desta carta aberta: o alerta para a necessidade premente de cada vez mais e mais pessoas abdicarem de um pouco do seu tempo e trabalharem em prol da comunidade onde vivem.
Foi neste contexto e sentido, que começaram a surgir em Portugal, as primeiras LOJAS SOCIAIS.
Estas têm como objectivo suprir as necessidades imediatas das famílias carenciadas, através da recolha de objectos usados ou novos, bem como de bens alimentares doados por particulares ou empresas:
- Roupas, calçado, utensílios domésticos, roupas de cama, brinquedos, móveis, tudo aquilo que já não faz muita falta, mas que pode fazer a diferença para tantas famílias do nosso concelho.
Estes objectos são posteriormente doados às famílias mais carenciadas dos concelhos, que lá se lhes dirigem, fazendo fé e prova da sua fraca condição social e estado de necessidade presente.
As LOJAS SOCIAIS, não têm qualquer fim lucrativo, antes pelo contrário, não fazendo apenas a mera redistribuição destes bens, mas antes acompanhando essas famílias mais carenciadas e encaminhando-as, caso estas também assim o desejem, para outras instituições de apoio.
Assim, já era tempo de na nossa cidade, em Águeda, à semelhança do que acontece em diversas outras localidades por este país fora, ser aberta ao público, um Loja de cariz solidário e social, nos moldes atrás referidos.
Loja essa, a ser “gerida” pelos órgãos autárquicos, ou por uma instituição de solidariedade social de reconhecido mérito concelhio, IPSS ou não, que ficaria responsável pela orgânica logística desta operação, sendo para tal indispensável claro, a colaboração de voluntários.
Assim, e deste modo singelo, aqui fica o repto da Juventude Social Democrata de Águeda, às valorosas instituições de solidariedade social do nosso concelho, para que mais uma vez aceitem um novo desafio, agora com a criação de uma LOJA SOCIAL, para que nestes tempos tão dúbios e incertos em que vivemos, surja mais “ uma luz ao fundo do túnel”, capaz de nortear a refundação dos valores da sociedade em detrimento do pragmatismo e individualismo instalados.
Dr. Tiago Lavoura