sábado, abril 28, 2007
O rio e o futuro
A Câmara Municipal de Águeda divulgou, esta semana, a intenção de colocar um açude insuflável no rio Águeda. Um sistema tecnicamente simples, mas bastante eficaz na contenção das águas e na preservação do sistema aquático, anteriormente tentado, numa versão simplista, com a colocação de areia mas nem sempre bem aceite.
A implementação deste sistema é muito importante para a valorização das margens, proporcionando visualmente uma diferente recepção a quem nos visita. É uma das maiores riquezas naturais que possuímos e deve ser alvo de uma visão estratégica, integrada e inteligente no desenvolvimento das suas margens.
A abertura das estradas circundantes, a reconstrução do muro caído e a requalificação da Praça 1º. de Maio devem ser prioridades imediatas. No entanto, não devemos ficar por aí. A importância do aproveitamento hídrico a montante é vital, não só como complemento de regularização do leito do rio mas também como mecanismo no armazenamento de água e consequente aproveitamento para serviço à população.
A história de desenvolvimento da cidade sempre passou pelo rio Águeda, devendo nós saber capitalizar, do ponto de vista urbanístico, toda a valorização estética e útil possível, criando áreas propícias para os momentos lúdicos de uma população jovem e moderna, promovendo espaços bonitos e refinados que referenciem Águeda no contexto regional e nacional.
Para tal, muitas vezes mais que a necessidade de capital, falta o arrojo e a visão de futuro. A capacidade de mudança em muito se reflete nas sinergias criadas em torno de uma causa comum, como o desafio das gerações mais jovens, aproveitando-as em toda a sua capacidade imaginativa e técnica para a construção de uma cidade melhor.
Afinal... o rio é uma prioridade ou não?!
Marco Abrantes
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